Segundo enfermeira, este movimento frequente pode ser sinal de que a morte está próxima

Uma enfermeira de cuidados paliativos compartilhou uma observação impressionante: muitos pacientes prestes a morrer apresentam um mesmo gesto específico. Entenda qual é esse movimento e o que ele pode significar nos momentos finais da vida.

CURIOSIDADESSAÚDE

Sr. Curioso

5/23/20252 min read

Em hospitais e unidades de cuidados paliativos, profissionais da saúde testemunham momentos que muitas vezes escapam à lógica e tocam o inexplicável. Um desses momentos, recorrente e profundamente simbólico, chama a atenção: pacientes próximos da morte levantam os braços suavemente em direção ao alto, como se tentassem alcançar algo invisível. Esse gesto, sereno e carregado de mistério, surpreende familiares e intriga especialistas.

Katie Duncan, enfermeira especializada no fim da vida, dedica sua carreira a acolher e compreender esses instantes finais. Com experiência em UTIs, hospitais e atendimentos domiciliares, ela percebeu um padrão curioso: muitos pacientes em estado terminal estendem as mãos para o teto, o céu ou para um ponto fixo no ambiente, como se vissem algo — ou alguém — além do que os olhos humanos conseguem captar.

“Parece que estão tentando tocar algo ou alguém”, conta Katie, que atua em Maryland, nos Estados Unidos, e se apresenta como uma "guia para o conforto no fim da vida". Em seus conteúdos nas redes sociais, ela compartilha relatos com o objetivo de ajudar as pessoas a encarar a morte com mais acolhimento e menos medo.

O que estaria por trás desse gesto? Ainda não há uma explicação científica conclusiva. No entanto, Katie afirma que muitos pacientes relatam visões momentos antes do movimento: veem entes queridos falecidos, animais de estimação que já partiram ou luzes intensas.

“Frases como ‘estou vendo minha mãe’ ou ‘tem um anjo aqui’ são comuns pouco antes de estenderem os braços”, explica a enfermeira. Às vezes, porém, o gesto vem em silêncio — deixando a interpretação por conta de quem presencia a cena.

Nas redes sociais, os relatos emocionam. Familiares compartilham histórias marcantes: um pai que, mesmo enfraquecido, levantou os braços com vigor surpreendente pouco antes de partir; outro que sorriu ao estender a mão, como se estivesse reconhecendo alguém querido. “Meu pai não falava havia dias, mas naquele instante, os olhos dele se iluminaram”, escreveu uma seguidora comovida.

Segundo Katie, esse gesto não costuma estar ligado à dor ou sofrimento. Pelo contrário — é, na maioria das vezes, acompanhado por uma paz visível. “É como se estivessem prontos para a transição, conectados a algo que só eles conseguem perceber”, reflete.

Esses momentos reforçam a importância de respeitar os rituais individuais da morte. Katie aconselha familiares a não interromperem o processo, mantendo um ambiente calmo e acolhedor. “Aquietar-se e apenas observar pode ser a melhor maneira de honrar esse momento”, diz.

Nas plataformas digitais, histórias semelhantes se multiplicam. Um homem descreveu o avô, que, em seus últimos instantes, ergueu as mãos e sussurrou o nome da esposa falecida. Outra pessoa relatou a avó sorrindo enquanto dizia baixinho: “Está tudo tão bonito”.

Enquanto a ciência ainda busca respostas, relatos como os de Katie Duncan lançam luz sobre esse momento tão delicado da existência humana. Seja por causas neurológicas, espirituais ou por razões que ainda não compreendemos, esse gesto permanece como um dos mais emocionantes e enigmáticos da jornada rumo ao fim da vida.