Declarações do novo Papa Leão sobre Trump voltam à tona após sua histórica nomeação como o primeiro papa americano

A eleição do primeiro papa americano da história agita o cenário global e reacende polêmicas políticas

A escolha do cardeal norte-americano Robert Prevost como novo líder da Igreja Católica tem gerado grande repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional. Após a morte do Papa Francisco, em abril, aos 88 anos, o conclave elegeu Prevost, de 69 anos, que adotou o nome de Papa Leão XIV. A eleição histórica, no entanto, trouxe à tona antigos tweets do novo pontífice criticando duramente políticas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

Nascido em Chicago, Prevost atuou como missionário no Peru antes de se tornar bispo e, mais tarde, cardeal. Sua eleição surpreendeu muitos analistas, já que seu nome não era apontado como favorito. O anúncio oficial foi feito em 8 de maio, após o período tradicional de luto e a reunião secreta dos cardeais no Vaticano. Trump celebrou o feito, chamando-o de “uma grande honra para nosso país” em sua rede social, Truth Social.

Mas nem tudo são flores. Tweets antigos de Prevost — agora Leão XIV — ressurgiram, gerando intensos debates. Em 2023, ele republicou críticas à política de separação de famílias migrantes na fronteira dos EUA, classificando-a como “nada cristã, americana ou moralmente defensável”. Também se posicionou contra a colaboração de Trump com o presidente de El Salvador em deportações controversas.

Além disso, o novo papa criticou J.D. Vance, senador e atual vice de Trump na disputa presidencial, ao endossar um artigo que contestava a visão nacionalista do político como contrária aos ensinamentos cristãos.

A repercussão desses posicionamentos coloca Trump em uma situação delicada: enquanto celebra a eleição de um compatriota ao papado, precisa lidar com o histórico crítico de Leão XIV. Analistas avaliam como essa tensão poderá influenciar futuros encontros entre ambos, especialmente em ano eleitoral.

A chegada de Leão XIV também reacende discussões sobre o papel político do papa. Diferentemente de seus antecessores, ele assume o posto com opiniões públicas sobre temas internos dos EUA, o que pode sinalizar uma atuação mais firme em assuntos como imigração, desigualdade e direitos humanos. Nas redes, a população se divide: uns elogiam sua postura firme; outros o acusam de politizar o papado. Independentemente das opiniões, é certo que o novo papa já começou seu pontificado no centro do debate mundial.