Após fumaça branca, novo papa é escolhido

Nesta quarta-feira, às 13h08 (horário de Brasília), o mundo presenciou um marco histórico: uma espessa fumaça branca surgiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, indicando que os cardeais haviam escolhido o novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Após quatro rodadas de votação, foi eleito o 267º papa da história, encerrando um conclave que despertou a atenção de milhões de fiéis ao redor do mundo.

Fiel a uma tradição secular, o processo de eleição é mantido em absoluto sigilo até a proclamação oficial. Nas próximas horas, o cardeal Dominique Mamberti, encarregado do anúncio, aparecerá na sacada da Basílica de São Pedro para pronunciar a célebre frase “Habemus Papam!”. Somente então serão revelados o nome, a origem e o título escolhido pelo novo pontífice.

A escolha do papa seguiu um rito rigoroso: entre os 133 cardeais votantes, ao menos 89 votos — o equivalente a dois terços — eram necessários para validar a eleição. O voto é secreto, individual, e não permite abstenções nem votos em si mesmo. Após o resultado ser confirmado, o escolhido responde a duas perguntas fundamentais: se aceita o cargo de Sumo Pontífice e qual nome adotará a partir de então.

Antes de se apresentar ao mundo, o novo papa vive um momento reservado na chamada “sala das lágrimas”, um pequeno cômodo ao lado do altar da Capela Sistina, adornado com os afrescos do “Juízo Final”. Ali, ele tem alguns instantes para refletir e se preparar espiritualmente. Em seguida, segue para a sacada principal da Basílica, de onde concede sua primeira bênção “urbi et orbi” (“à cidade e ao mundo”), marcando o início de seu pontificado.

Carregada de simbolismo, a cerimônia mantém vivas tradições estabelecidas desde o século XIII, reforçando a união entre o legado da Igreja e os novos caminhos a serem traçados. Enquanto o nome do novo papa ainda não foi revelado, o Vaticano permanece tomado por um clima de expectativa diante do próximo capítulo de sua longa história.